Formas de Estética Afirmativa em “Mulheres sem Homens”

  • Maud Ceuterick University of Bergen, Department of Linguistic, Literary and Aesthetic Studies, 5007, Bergen
Palavras-chave: Género, Espaço urbano, Mulheres no Cinema Iraniano, Fantasmas e assombrações, Afectos e Estética Cinematográfica

Resumo

A esfera digital foi inundada por plataformas que reúnem testemunhos de mulheres sobre terem sido assediadas ou não se sentirem bem-vindas no espaço urbano. No entanto, a literatura, o cinema e a mídia digital denunciaram, desafiaram e opuseram-se repetidamente àquelas relações de poder desequilibradas e ao modo como estas afectam pessoas de diferentes géneros, sexualidades, idades ou ‘raças’. Através da análise do filme Mulheres sem Homens (2009), de Shirin Neshat, são exploradas diferentes manifestações daquilo a que chamo 'estética afirmativa' – a reconfiguração estética e narrativa das relações espaciais e de poder. A assombração como forma fílmica, em particular, serve como meio para criar um espaço próprio, para tornar visível aquilo que as narrativas patriarcais mantiveram invisível.

Biografia Autor

Maud Ceuterick, University of Bergen, Department of Linguistic, Literary and Aesthetic Studies, 5007, Bergen

Maud Ceuterick is a Marie Skłodowska-Curie Fellow in Digital Culture at the University of Bergen, Norway. She obtained her PhD in Film and Media Studies from the University of Otago, New Zealand. Her research on the relations between gender, space and power on screen appears in Affirmative Aesthetics and Wilful Women: Gender, Space and Mobility in Contemporary Cinema (Palgrave Macmillan, 2020). She has also published on the road movie genre, masculinity and domesticity in transnational cinema, and women and everyday spaces
on screen, and space travel in contemporary cinema.

Publicado
2020-01-22