Rosto, tela, espelho: reflexões sobre o cinema de Walter Hugo Khouri

  • Isabel Paz Sales Ximenes Carmo Universidade Paul-Valéry Montpellier 3, École Doctorale 58, RIRRA 21, 34000 Montpellier
Palavras-chave: Rosto, espelho, mise en abyme, Walter Hugo Khouri

Resumo

O objetivo deste artigo é empreender uma breve análise da relação entre o rosto e a presença de espelhos na obra do realizador brasileiro Walter Hugo Khouri. Os rostos na obra khouriana muitas vezes se mostram impassíveis e difíceis de decifrar, ao mesmo tempo em que o diretor cria diversas cenas em que as personagens observam os próprios rostos refletidos em espelhos, gesto que pode ser associado a figuras míticas como a do Narciso e à ideia da mortalidade. Propomos aqui investigar algumas sequências de reflexão especular a partir do conceito de mise en abyme e acerca de como o aparato de produção e reprodução cinematográficos contribuem para uma duplicação infinita do caráter enigmático do rosto operada por essas três superfícies: rosto, tela e espelho.

Biografia Autor

Isabel Paz Sales Ximenes Carmo, Universidade Paul-Valéry Montpellier 3, École Doctorale 58, RIRRA 21, 34000 Montpellier
Doutoranda em Estudos cinematográficos e audiovisuais na Universidade Montpellier 3. Mestra em Comunicação e bacharela em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Ceará.
Publicado
2019-08-20