O Impacto dos Modos Tecnológicos Prescritivos das Metodologias de Investigação Cinematográficas na Autonomia Artística
Resumo
A distinção feita por Ursula Franklin entre modos tecnológicos “holísticos” e “prescritivos” oferece uma perspetiva útil para observar os métodos cinematográficos na investigação artística. À medida que novas ferramentas cinematográficas se tornam acessíveis aos investigadores, a autonomia artística pode ser condicionada pelo peso das infraestruturas mediáticas, que frequentemente atribuem tarefas aos seus utilizadores, acabando por moldar os seus comportamentos como se fossem produtos dos próprios sistemas tecnológicos. Uma estratégia sugerida para os investigadores consiste em adotar a “autorreflexividade” como elemento intrínseco das metodologias cinematográficas de investigação, integrando assim uma atitude crítica face aos ambientes tecnológicos dos novos média.
Referências
Coupland, Douglas. 2018. “I no longer remember my pre-internet brain.” Accessed May, 2025. http://edition.cnn.com/style/article/douglas-coupland-internet-brain/index.html.
Dillon, Steve. 2006. The Solaris Effect. Austin: University of Texas Press.
Fedorova, Ksenia. 2020. Tactics of Interfacing; Encoding Affect in Art and Technology. Cambridge: MIT Press (Leonardo).
Franklin, Ursula M. 1990. The Real World of Technology. Toronto: CBC.
Fuller, Matthew. 2000. “It looks like you’re writing a letter: Microsoft Word”. Nettime. Accessed 10/02/2025. https://www.nettime.org/Lists-Archives/nettime-l-0009/msg00040.html.
Gould, Glenn. April, 1966. “The Prospects of Recording”. High Fidelity Magazine, vol. 16, no 4: pp. 46-63. https://www .collectionscanada.gc.ca/glenngould/028010-4020.01-e.html.
Harwood, John. 2011. The Interface; IBM and the Transformation of Corporate Design; 1945–1976. Minneapolis: University of Minnesota Press.
Taylor, Charles. 1991. The Malaise of Modernity. Montréal: House of Anansi Press.