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Grupos de trabalho

No sentido de melhorar a relação entre os membros e estimular as parcerias científicas, a Direção da AIM determinou a possibilidade de criação de Grupos de Trabalho (GT) por parte dos nossos membros. Esperamos que possam servir para agrupar os investigadores de acordo com os seus interesses científicos e que daí resultem novas propostas científicas.

Encorajamos também a fazer dos GT pontos de partida para a submissão de propostas de mesas pré-constituídas aos Encontros Anuais. Para aderir a um GT, aceda à área de membros. Se tiver dúvidas, leia as FAQs no fundo desta página.

  • Cultura Visual Digital

    Responsáveis: MERINO, Francisco; NOGUEIRA, Luís; ALVES, Marta Pinho;

    Entre os objecto de estudo deste GT encontram-se as manifestações da cultura visual em contextos digitais e a consequente miscigenação de diferentes regimes visuais e práticas do olhar. Interessam-nos tanto as rupturas como as continuidades trazidas por transformações da produção, circulação e apropriação da cultura visual como a Internet 2.0, o cinema digital, ou os pequenos media de ecrã que ligam quotidianamente o espaço público e o privado. Privilegiamos a investigação histórica, cultural e estética das relações entre diferentes regimes de visualidade como o cinematográfico, o televisual, ou o artístico. Damos especial atenção às teorias da intermedialidade como forma de fertilizar os conhecimentos sobre novos e velhos media e convocamos os estudos de cinema, a teoria dos media, a história e a teoria da arte para investigar a cultura visual digital.

  • Ecocinemas

    Responsáveis: BÉRTOLO, José; COLBERT, Maile; Susana Mouzinho - Mouzinho, Susana;

    O Grupo de Trabalho Ecocinemas mapeará as relações entre o cinema e o que designamos como mundo natural, reconhecendo o humano como elemento mediador dessa articulação, mas respondendo e reagindo, também, à tendência geral para o antropocentrismo que se encontra quer na produção cinematográfica, quer na pluralidade das abordagens críticas canonizadas no âmbito dos estudos fílmicos. O Grupo promoverá uma discussão alargada desta problemática, sem se reger por nenhum foco geográfico, temporal ou genológico específico. Assim, pretende-se aferir e caracterizar a heterogeneidade e a riqueza das configurações que o natural tem obtido na história do cinema, tanto na ficção quanto no documentário, e tanto em obras que se enquadram explicitamente no campo da ecocrítica quanto noutras obras que, ainda que não o fazendo de forma explícita, contêm um subtexto ecológico que potencia uma perspectiva ecocinematográfica. Por um lado, a reflexão versará sobre os modos como o cinema apresenta animais, plantas, fungos, os elementos, etc. Por outro lado, debruçar-se-á sobre os meios pelos quais o cinema pode questionar e transformar estes habitantes e elementos não-humanos do planeta, bem como as dinâmicas de poder e de influência que os humanos mantêm com eles. A acentuada amplitude do debate comportará cruzamentos entre questões de ordem mais estritamente filosófica ou estética e tópicos mais directamente associáveis ao ambientalismo e ao activismo político. Inscrevendo-se no campo dos estudos fílmicos, a actividade desenvolvida neste grupo beneficiará de métodos e epistemologias provenientes de outras áreas disciplinares, como a ecocrítica, a filosofia, o ecofeminismo, os estudos queer, ecologias da paisagem e da paisagem sonora, a biologia, a botânica, a geologia, entre outros.

  • Cinemas em Português

    Responsáveis: CRUZ, Jorge Luiz; MENDONÇA, Leandro;

    O Grupo de Trabalho de Cinemas em Português tem como objetivo agregar investigadores interessados nas cinematografias da diáspora portuguesa, brasileira e dos países africanos. Pretende realizar a recolha destas cinematografias seja o campo da ficção seja no documental com objetivo da realização de análises de fundo histórico e estético. Propõe-se também a promover atividades culturais, curatorias e editoriais que se coadunem com os objetivos das investigações conduzidas pelos participantes. Os processos de pesquisa tem o viés da busca de fontes históricas que permitam não só o conhecimento do conjunto cinematográfico em tela mas também propiciar análises comparativas entre as várias cinematografias envolvidas. Utiliza-se como recorte temporal inicial, sem prejuízo de outros que possam também fazer parte de pesquisas do grupo, o período compreendido do fim da primeira grande guerra europeia aos dias de hoje, latu sensu, o século 20. A diretiva aqui é entender os processos de continuidade/descontinuidade enfrentados pelos territórios e, por conseguinte, com a produção cinematográfica. Por fim, o grupo tem como esteio a perceção sobre a necessidade de criar um espaço de entrecruzamento das pesquisas sobre o campo do cinema colonial/pós-colonial que se articule com os trabalhos com respeito ao cinema português e brasileiro.

  • Paisagem e Cinema

    Responsáveis: ROSÁRIO, Filipa; REBELATTO, Francieli ; FRANCISCO, André;

    Pretende-se aqui fazer articular e comunicar linhas de investigação que contemplem o estudo dialógico da paisagem no cinema ficcional e documental. A paisagem é produto da interpretação humana, sendo que se edifica no espaço (condição) mas é sempre imagem de um tempo (tema). O cinema regista a sua aparência ao longo do tempo, oferecendo ao espectador imagens ambientais que podem ser interpretadas como testemunhos históricos da perceção dos lugares. Assim, a este GT interessam as estratégias formais e os dispositivos de encenação utilizados na construção do espaço fílmico através da imagem e do som, para além da dinâmica entre as temporalidades objetivas e subjetivas nela invocadas. De uma perspetiva arquitetónica e geográfica, importa a representação no cinema do urbano, do rural e daquilo que os intermeia, assim como as transformações sócio-históricas destes espaços. A esteticização fílmica da paisagem, o seu lugar simbólico nas cinematografias nacionais, na "política dos autores" e na economia narrativa genológica operam igualmente enquanto eixos de estudo deste GT.

  • Economia e Gestão na Imagem em Movimento

    Responsáveis: COELHO, Inês Rebanda; FERREIRA FERNANDES, Cláudia; COUTINHO, ANGELICA ;

    O Grupo de Trabalho Economia e Gestão na Imagem em Movimento tem como principal objetivo incentivar o estudo e investigação de assuntos relacionado ao departamento de produção, dentro das mais diversas áreas de criação de obras de imagem em movimento, com especial foco no cinema e audiovisual. Pretende-se explorar as particularidades das diversas profissões e funções principais dos constituintes do departamento de produção, das mais técnicas às mais criativas. Referimo-nos, por isso, a questões de investigação ligadas às diferentes fases de produção e tarefas associadas à criação, divulgação e distribuição de uma obra de imagem em movimento, como é o caso de orçamentação, calendarização, montagens financeiras, apoios, financiamentos, parcerias, coproduções, contratos, legislação, ferramentas e programas de apoio à gestão, coordenação e seleção de equipas, criação e acompanhamento de material e campanhas de marketing e publicidade, seleções oficiais, prémios, estreias comerciais, burocracia e procedimentos ligados a exibições, difusões e todas as formas de distribuição tradicionais e contemporâneas, entre outros vistos como relevantes e que possam afetar a obra final direta ou indiretamente. Pretende-se, também, estudar o trabalho mais criativo e artístico de profissões vistas como técnicas e de que forma influenciam na obtenção do produto final.

    Este grupo visa apoiar investigadores, estudantes e profissionais da área na obtenção de conhecimentos que colmatem entraves na boa preparação e gestão de uma obra de imagem em movimento. Para isso, pretendemos promover possíveis encontros e formações direcionados às dificuldades sentidas em relação ao funcionamento da indústria do cinema e do audiovisual, com especial enfoque no panorama nacional.

  • Teoria dos Cineastas

    Responsáveis: PENAFRIA, Manuela; GRAÇA, André Rui; BELLO, Maria do Rosário Lupi;

    O principal objetivo do GT "Teoria dos Cineastas" é o de aproximar a teoria do cinema da reflexão dos próprios cineastas no seu contributo para abordarem e compreenderem quer a sua própria obra, quer o cinema. Pretendemos estimular uma teoria do cinema que tenha como referência fundamental e principal fontes diretas, ou seja, os filmes e todas as manifestações orais e escritas dos cineastas. Por um lado, entendemos por fontes diretas, para além dos filmes, as entrevistas, os livros ou textos escritos pelos cineastas. Por outro lado, o conceito de cineasta abrange não apenas o realizador como todos os que contribuem para a criação cinematográfica, atores, argumentistas, montadores, diretores de fotografia, etc. O objetivo de estudar o cinema a partir dos cineastas e integrar a teoria do cinema com o pensamento e poética que cada cineasta elabora assume-se como uma alternativa ao apoio que a teoria do cinema tem ido buscar a outras disciplinas como a História, a Sociologia, a Psicanálise ou, mais recentemente, a Teoria Cognitiva. Pretendemos estimular e testar a novidade e originalidade que o estudo teórico sobre o cinema pode receber dos cineastas. De igual modo, pretendemos dar continuidade aos processos de reflexão já existentes sobre o pensamento e poética dos cineastas.

  • Narrativas Audiovisuais

    Responsáveis: PALINHOS, Jorge; CASTRO, Maria Guilhermina; MARTINS, Filipe;

    Desde os primórdios da imagem em movimento que a narrativa tem sido um dos seus elementos estruturantes, e um dos que mais preocupa teóricos, criadores e público. Entre a apologia e contestação da narrativa clássica, o experimentalismo formal, a metanarrativa e a receção pública e perceção crítica, abre-se um amplo leque de pesquisa que passa pelas múltiplas abordagens teóricas à narrativa visual, segundo as perspetivas estruturalista, semiótica, desconstrutivista, psicológica e neurocognitiva, entre outras, ou a sua aplicação prática nas várias áreas criativas da imagem em movimento, como a escrita de argumento, o cinema, a televisão, a videoarte, o ensaio visual, o documentário, os videojogos, etc. Este grupo de trabalho pretende constituir-se como um fórum de debate sobre modos de pensar e construir as múltiplas possibilidades de narrativas visuais com vista a entender o seu impacto cultural, social, emocional e artístico.

  • O Cinema e as Outras Artes

    Responsáveis: MUANIS, Felipe; OLIVEIRA, Anabela Branco; BASTOS, Fernanda;

    Este grupo de trabalho pretende reunir investigações que trabalham as manifestações artísticas no âmbito das relações do cinema com as outras artes. Trata-se de privilegiar os estudos que apostam nas relações entre a imagem fixa, a imagem em movimento e os processos artísticos experimentais. O cinema, o audiovisual e suas formas híbridas se apresentam como campos privilegiados para pensarmos não apenas o estatuto da imagem na contemporaneidade como também seus usos éticos, estéticos, políticos e afetivos. Através da construção teórica e da análise das múltiplas manifestações artísticas, pretende-se analisar as diversas tensões em torno das relações entre cinema e outras artes no processo criativo inerente ao cinema de vanguarda, engajado ou experimental, à videoarte, ao cinema expandido, ao ativismo, ao cinema de artista e a instalação. Se o cinema, em suas múltiplas concepções, aproximou-se e desviou-se de um modelo hegemônico, é preciso então refletir sobre esses processos de acordo com os regimes de imagem e de observação de cada momento histórico. Pensar sobre o dispositivo cinema, suas acepções, suas tensões e suas reformulações a partir de suas dinâmicas tecnológicas, estéticas, arquitetônicas, políticas e econômicas encontra pertinência a medida em que as relações entre esses vetores nos permitirão rever tanto as interseções entre cinema e arte quanto as suas singularidades e impossibilidades. Pensadores, teóricos, artistas e investigadores têm (se) perguntado: o que pode uma imagem? O que deseja uma imagem? O que uma imagem, os movimentos de imagens, fazem ver, fazem fazer? O GT tem como objetivo se debruçar sobre esses temas, indagando aos múltiplos cinemas e as suas técnicas como imaginar o presente.

  • Cinema e Educação

    Responsáveis: MENDES, Elsa Maria Carneiro; MOREIRA, José António; DIAS-TRINDADE, Sara;

    O Grupo de Trabalho "Cinema e Educação" tem como principal objetivo fomentar linhas e propostas de investigação que estudem, analisem e produzam possíveis estratégias e aplicações didáticas do Cinema em contexto educativo. Considera-se fundamental o estudo da inclusão do Cinema nas políticas, nos programas, nos modelos e nas metodologias de ensino. O Cinema pode significar um mecanismo de formação e desenvolvimento profícuo dos estudantes (enquanto crescimento e conhecimento), canalizando o enorme potencial pragmático- fílmico de aprendizagem informal através de programas formais de aproveitamento e posicionamento didático. A presença do Cinema nas instituições de ensino pode contribuir, igualmente, para a criação de novos públicos de Cinema (não apenas estudantes, mas também uma comunidade escolar alargada), capazes de ir além do consumo e do interesse por filmes ditos "comerciais" e chegar à compreensão, interpretação e valorização de outros tipos de cinematografias. Entre estas, incluem-se e dá-se ênfase, naturalmente, à presença e valorização do Cinema português junto destes públicos, potenciando o espaço de sala de aula (presencial e virtual) e os contextos educativos como dínamos importantes para a divulgação e conhecimento do Cinema nacional passado, presente e futuro. Finalmente, e dentro das intenções e do panorama descrito, o Plano Nacional de Cinema surge hoje como referência incontornável nas relações entre o Cinema e a Educação em Portugal, caminhando junto de outros projetos internacionais no cumprimento dos propósitos descritos de inclusão do Cinema e do Audiovisual nos programas educativos. O grupo de trabalho “Cinema e Educação” visa constituir-se como interlocutor privilegiado face às diversas práticas pedagógicas que se desenvolvem no terreno, e pretende estimular o debate, a reflexão crítica e a investigação académica no âmbito deste campo de estudos.

  • Cinemas pós-coloniais e periféricos

    Responsáveis: CUNHA, Paulo; SALES, Michelle; LEROUX, Liliane;

    O GT que aqui apresentamos interessa-se pela discussão em torno de cinemas emergentes em contextos pós-coloniais, muitos destes à margem das cinematografias nacionais, geralmente em periferias urbanas. Ao aprofundar o debate acerca da presença das “periferias e margens” nos cinemas pós-coloniais e periféricos ao redor do mundo, além de organizar e sistematizar conceitualmente um cinema pós-colonial, queremos avançar na direção que se apresentou como a mais fundamental para estas cinematografias: a da imagem como representação e (mais recentemente) como auto-apresentação no cinema realizado nas margens e periferias do mundo. Interessa-nos a revisão crítica das formas e das representações hegemônicas, eurocêntricas e também os movimentos sociais, culturais e artísticos que potencializaram o surgimento de artistas marginais ao mercado cinematográfico e da arte, impondo imagens e representações outras, além da produção de artistas da diáspora, e da produção coletiva de grupos políticos minoritários. Na Europa e Estados Unidos, esse movimento é acompanhado pelo surgimento de vozes até então silenciadas de grupos minoritários, geralmente imigrantes provenientes de ex-colônias como também dos movimentos sociais, cuja potência artística foi capaz de afirmar sensibilidades numa onda crescente de questionamento dos moldes imperiais e globais da vida contemporânea. Nos países africanos, nos quais a imagem foi usada como instrumento da dominação colonial, surge um cinema anti- colonial e de denúncia, que segue expandindo em termos de gêneros e temas. Na América Latina, especialmente no Brasil, a representação dos lugares e culturas é assumida pelos próprios grupos. Despontam cineastas indígenas e surgem coletivos de cinema em favelas e periferias. Dentro deste panorama, queremos discutir quem são os artistas e grupos periféricos que estão surgindo no cinema contemporâneo e nas artes visuais, impondo uma nova agenda para a produção de imagens em geral, capazes de discutir as formas de invisibilidade e esquecimento no que diz respeito aos antigos e recentes modos de exclusão e de re-colonização.

  • Cinema e Materialidades

    Responsáveis: CUCINOTTA, Caterina; BRANCO, Sérgio Dias; PALAZON, Alfonso;

    Partindo de uma abordagem proveniente dos estudos literários e que incide particularmente nos campos das materialidades da comunicação e do estudo dos media, o termo Materialidades, aplicado ao cinema, convoca os diferentes elementos (ou departamentos) que interagem para materializar fisicamente um projeto fílmico: escolha do suporte, direção de arte, figurinos, acústica, luz. Neste sentido, são considerados os diversos profissionais desses âmbitos que, ao darem preferência a certas escolhas em detrimento de outras e ao levarem a cabo as suas práticas específicas, interferem diretamente na concepção do filme, assim materializando e transformando a ideia inicial na obra final e favorecendo um determinado entendimento estético da mesma. O objetivo do GT é complementar a investigação predominantemente teórica que já existe sobre a sétima arte através do aprofundamento dos estudos da dimensão material, física, “fabril”, que está na origem e na base de todo o objeto fílmico; promover o debate sobre a potência comunicativa e expressiva dos vários elementos que materializam e integram uma obra; entender o fazer cinematográfico como um processo complexo onde cada equipa de trabalho assume funções específicas, contribuindo para um resultado final que é inevitavelmente “interartístico”, já que todo o tipo de artes e ofícios colaboram na construção do objecto fílmico. Em vez do enfoque na análise dos diversos códigos fílmicos, dos seus conteúdos e da sua significação, a metodologia das materialidades pretende isolar as matérias que lhes dão forma, tomando cada uma dessas dimensões materiais segundo a sua natureza específica, com vista ao estudo da sua função na construção global do objecto “filme”. A dimensão física da película, as formas, texturas e linhas dos figurinos, os objetos cenográficos, a composição dos ambientes exteriores e interiores, juntamente com o trabalho sobre o som e a acústica: tudo aquilo que é reproduzido na forma abstracta do objecto final que é o filme radica numa realidade concreta e material, que se torna, neste caso, o próprio objecto de estudo. Trata-se, pois, de "desmontar" os vários componentes que estão na origem da constituição "prática" do filme e tratá-los individualmente como passíveis de análise. Quando António Reis falava em “Estética dos materiais” (1997) referia-se ao rigor usado na escolha dos elementos físicos da composição que é o quadro/enquadramento cinematográfico e a todas as consequências que essas opções trazem. Assim, palavras como "ofícios", "composição", "materialização", "artefacto" tornam-se decisivas para a definição deste objeto de estudo, que não coincide com a abordagem da narrativa fílmica nem com a do conteúdo da imagem final, mas sim com as formas, os cortes, as matérias, os estilos propostos pelas diversas equipas de profissionais envolvidas nos processos criativos das materialidades. A definição da criação cinematográfica como “a tailor’s work in progress” dá a ideia do ofício em si, como se o filme consistisse numa pedra que se molda em escultura, ou num pano sem forma que se corta e transforma em vestido, num bloco de sons que se organizam para criar música, vozes e silêncios, ou de luzes captadas pela película que se projetam para iluminar ou fazer sombra.

  • Cinema, Música, Som e Linguagem

    Responsáveis: RUIZ, Carlos ; Faleiro Rodrigues, Érica; CAPELLER, Ivan;

    O Grupo de Trabalho Cinema, Som, Música e Linguagem pesquisa a relação entre os elementos sonoros contidos no cinema e a imagem em movimento. Este grupo tem como principal objectivo subverter hierarquias disciplinares, no sentido de explorar, aprofundar e expandir a análise das variantes sonoras na sua relação com a imagem em movimento e o arquivo. Tenciona promover a multiplicação e diversificação de perspectivas no que concerne à observação e crítica das múltiplas dinâmicas entre o som e a imagem em movimento, entendendo, como linguagem, o espectro alargado da voz humana. Pretende articular a teoria contemporânea da imagem em movimento com os assim chamados estudos do som (sound studies), aprofundando questões ligadas à presença e/ou à ausência de som na imagem em movimento, para discutir os problemas de natureza ontológica e epistemológica suscitados pelas relações entre a teoria e a prática do som e a teoria e a prática da imagem em movimento. O recorte proposto neste GT comporta diferentes contextos sociais, artísticos e tecnológicos, abrangendo diversas questões ligadas às relações entre o som e a imagem em movimento, desde o pré-cinema e incluindo os modelos clássicos até às vanguardas (quer no mainstream, quer no cinema experimental), o cine-concerto, o musical, a videoarte e o cinema expandido, bem como todo o género de dispositivos audiovisuais que se relacionem com a imagem em movimento. Com uma metodologia focada nos estudos de som no audiovisual fílmico, o objectivo é o de, através do estudo de casos específicos, tanto no cinema de arquivo, como nos actuais formatos digitais, mapear os contextos políticos, culturais e sociais dos dispositivos de produção audiovisual, analisados como aparatos técnicos de registo e controlo da memória coletiva; permitindo assim uma compreensão mais clara do papel do som, da música e da linguagem nestes jogos semióticos entre o ver e o ouvir, e as imagens e os sons tão comuns à nossa cultura contemporânea.

  • Cinema Mudo e dos Primeiros Tempos

    Responsáveis: SAMPAIO, Sofia; SILVA, Manuel Deniz; CARVALHO, Bárbara;

    Este GT pretende contribuir para os estudos dos ‘primeiros tempos’ do cinema, e da história do cinema em geral, focando-se no desenvolvimento de modos específicos de produção-distribuição-exibição que têm circulado sob a designação abrangente de ‘cinema mudo’, bem como a sua recepção. Interessa-nos, em particular, o período que vai desde o advento, por volta de 1895, das imagens em movimento projectadas em público até à implementação do cinema sonoro na década de 1930, sem descartar contributos que extravasem estas balizas temporais. Interessa-nos igualmente a ‘persistência do mudo’ quer em novas produções cinematográficas quer através do restauro e da sincronização musical de produções de época e sua reprogramação e recepção em contextos novos ou ‘deslocados’.

    Como principais objectivos, o GT pretende (1) promover a discussão teórica, metodológica, analítica e historiográfica sobre os objectos e as temáticas em questão; (2) incentivar a pesquisa histórica e empírica (ex. em arquivos) e a troca de empiria; (3) fomentar colaborações interdisciplinares; (4) interagir com redes internacionais que partilham dos mesmos interesses de investigação; e (5) fomentar a publicação de estudos originais na área. São bem-vindos contributos oriundos de áreas como os estudos de cinema, estudos culturais, estudos de comunicação e média, musicologia, história, antropologia, bem como perspectivas derivadas da nova história do cinema, dos film music studies e da arqueologia dos média, entre outras.

  • Estudos Queer e Feministas: arte, imagem e cinema

    Responsáveis: SILVA PETRACCA, Anna Clara da; SILVA, D.O.; MARCONI, Dieison;

    Ao longo dos anos, investigadoras/es dos Estudos Feministas e dos Estudos Queer têm participado de forma constante, mas dispersa, nos encontros anuais da AIM, integrando diferentes grupos de trabalho. No sentido de reunir esses profissionais num grupo coeso, com interesses comuns, este GT agregará investigações dedicadas às diferentes abordagens dos Estudos Feministas e dos Estudos Queer no campo das relações entre a imagem fixa, a imagem em movimento e os processos artísticos experimentais, como a videoarte, a instalação, o cinema expandido etc. Nas últimas décadas, a Crítica Queer e Feminista ampliou os seus repertórios teóricos e metodológicos para além do paradigma hegemónico das políticas de representação que inicialmente forjaram estes dois campos de estudo no contexto das artes – resultado das suas heranças sociológicas de cariz pós-estruturalista –, passando a abranger também alguns eixos temáticos que constituem a formação deste GT: história/historiografia queer e feminista da arte e do cinema; autoria queer e autoria feminista; relações entre estética e política queer/feminista; crítica queer e feminista da experiência estética e da espetatorialidade; produção, circulação e recepção de séries e filmes queer/feministas; exposições, mostras e festivais queer e feministas; virada temporal e virada afetiva nos estudos queer e feministas do audiovisual; pós-pornografias e imagens sensoriais; processos artísticos queer, feministas e experimentais. Tendo em conta o carácter transdisciplinar dos Estudos Queer e Feministas, bem como a perspectiva interartes deste GT, pretendemos fortalecer, no ambiente da AIM e em Portugal, um espaço de estudo e de interlocução transnacional que, à semelhança do que já acontece noutros países europeus, formará uma comunidade de investigadoras/es atentas/os ao ecossistema político contemporâneo no que diz respeito ao debate de gênero, corpo e sexualidade, em especial, ao papel das artes, dos cinemas e dos media neste atual contexto.

FAQ GTs

Como criar um grupo de trabalho?
Qualquer membro deverá aceder à sua Área de Membros e no formulário próprio, propor-se como coordenador de um grupo de trabalho e apresentar uma descrição sumária, mas objetiva em língua portuguesa e inglesa. Cada GT deve ser proposto por três coordenadores. A proposta será enviada a dois ou três membros do Conselho Consultivo, ou outros especialistas na área, para emitirem um parecer a partir do qual a Direção da AIM decide da sua aprovação. Depois de aprovado o grupo de trabalho, este ficará listado na área aberta do site e qualquer membro poderá juntar-se ao grupo.  Caberá ao(s) coordenador(es) gerir a comunicação com os restantes membros do grupo de trabalho. Os coordenadores poderão apresentar relatórios de atividades ou planos de atividades na Assembleia-Geral da AIM.

Como adicionar-se aos grupos de trabalho?
Qualquer membro ativo (com as quotas regularizadas) poderá juntar-se a qualquer grupo de trabalho existente na AIM. Para isso, deve aceder à Área de Membros, procurar o grupo de trabalho pretentido e adicionar-se. O funcionamento de cada grupo é da exclusiva responsabilidade do(s) seu(s) coordenador(es).

Qualquer dúvida ou sugestão escreva para gt@aim.org.pt.