Sob o signo do provisório: um diretor entre três cidades

  • Daniela Giovana Siqueira Universidade de São Paulo, Escola de Comunicações e Artes, ECA, 05508-020, São Paulo, SP
Palavras-chave: Cinema Brasileiro, Espaços Urbanos, Movimento

Resumo

Este artigo é dedicado à análise do filme brasileiro A Vida Provisória (1968), do diretor Maurício Gomes Leite. A partir dele, estabelece-se uma discussão sobre a relação entre cinema e cidade. Para tanto, propõe-se deslocar a atenção do estudo da memória de sua especificidade temporal para a espacial, buscando entender como o cinema potencializa a discussão entre a cidade real e o discurso feito sobre as cidades. Para o exercício da análise fílmica elegem-se três principais categorias: a presença e os significados que reverberam a exposição das cidades do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília na trama do filme; mimese entre diretor e personagem principal; e a tessitura do provisório na vida das personagens e a relação com o tempo histórico de realização do filme, em plena Ditadura Militar.

Biografia Autor

Daniela Giovana Siqueira, Universidade de São Paulo, Escola de Comunicações e Artes, ECA, 05508-020, São Paulo, SP

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Pesquisadora financiada pela  FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. Seu trabalho aborda as relações entre análise fílmica, pesquisa histórica e preservação audiovisual a partir de um conjunto de cinco filmes brasileiros produzidos entre os anos de 1968 e 1972.

Publicado
2016-11-08
Secção
Dossier Temático