Olhar o céu, ouvir a terra: anotações sobre corpo, memória e paisagem no cinema de James Benning e de Cao Guimarães

  • Ana Costa Ribeiro Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Artes, PPGArtes – Programa de Pós-Graduação em Artes, Maracanã, 20550-010, Rio de Janeiro
Palavras-chave: Poética, Deslocamento, Corpo, Memória, Paisagem

Resumo

Através da abordagem de quatro filmes, a autora ressalta a importância das poéticas do deslocamento nas relações entre corpo, memória e paisagem. Seguindo o pensamento dos filósofos franceses Gilles Tiberghien e Anne Cauquelin, a paisagem é pensada como um meio ambiente físico que faz surgir uma relação. A ideia da paisagem como uma relação permite um avanço para uma reflexão que se desenvolve no texto através da noção de vestígio. Baseada no pensamento do filósofo Emmanuel Lévinas sobre esse conceito, abordam-se dois trabalhos do artista norte-americano James Benning e outros tantos do artista brasileiro Cao Guimarães. Desse modo, identifica-se, na organização de vestígios, uma tendência recorrente na produção audiovisual contemporânea.

Biografia Autor

Ana Costa Ribeiro, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Artes, PPGArtes – Programa de Pós-Graduação em Artes, Maracanã, 20550-010, Rio de Janeiro

Artista e cineasta. Doutoranda em Arte e Cultura Contemporânea pela UERJ, possui MFA em Cinema pela San Francisco State University e graduação em Comunicação Social pela UFRJ. Seus trabalhos foram exibidos em festivais no Brasil, na Holanda, na Alemanha, na Espanha, na Índia e nos Estados Unidos. Atualmente, desenvolve escrita e prática artística relacionadas ao projeto de tese “Poéticas do Deslocamento: Corpo, Memória, Paisagem”.

Publicado
2016-11-21
Secção
Dossier Temático