Da invisibilidade ao reconhecimento. Arquivo e memória cultural do genocídio ruandês

  • Lior Zylberman CONICET/Universidad Nacional de Tres de Febrero, Centro de Estudios sobre Genocidio, 1008, Ciudad de Buenos Aires/ Universidad de Buenos Aires, carrera Diseño de Imagen y Sonido, 1428, Ciudad de Buenos Aires
Palavras-chave: genocídio, cinema, arquivo, cânone, memória cultural, Ruanda

Resumo

Entre abril e julho de 1994, “o genocídio mais rápido da história” (Melvern, 2004) teve lugar no Ruanda. Um dos meios de comunicação através dos quais este genocídio adquiriu visibilidade foi o cinema. Assim, podemos afirmar que os vários títulos produzidos até agora formam um arquivo audiovisual no sentido em que não só estabeleceram formas, esquemas e motivos visuais de representação, mas também permitiram colocar em circulação uma interpretação do genocídio. Com este ponto de partida, este texto tem como objetivo estudar o arquivo de filmes sobre o genocídio ruandês usando o conceito de memória cultural: um tipo de memória que é mediada por textos, imagens, rituais, etc. (Assmann, 2011). Neste sentido, o cinema tornou-se um dos mais importantes meios contemporâneos para a construção e transmissão de memória cultural. Por outro lado, a dinâmica da memória cultura, enquanto forma ativa de memória, pode ser entendida através de um diálogo entre cânone e arquivo. Neste texto, investigaremos o arquivo do genocídio ruandês à luz daquele diálogo, que não foi sempre harmonioso, sendo também, por vezes, dissonante.

Biografia Autor

Lior Zylberman, CONICET/Universidad Nacional de Tres de Febrero, Centro de Estudios sobre Genocidio, 1008, Ciudad de Buenos Aires/ Universidad de Buenos Aires, carrera Diseño de Imagen y Sonido, 1428, Ciudad de Buenos Aires

Lior Zylberman tem um doutoramento em Ciências Sociais, um mestrado em Comunicação e Cultura e um BA em Sociologia (UBA). Investigador do Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET) e professor de Sociologia no Curso de Design de Imagem e Som. É também investigador do Centro de Estudos sobre Genocídio (UNTREF), secretário-geral da Associação Argentina de Estudos de Cinema e Audiovisual, e membro do Conselho Consultivo da International Association of Genocide Scholars. Integra o conselho de redacção da Revista Cine Documental, da Revista de Estudios sobre Genocidio, e do Genocide Studies and Prevention: An International Journal. Publicou vários artigos em revistas científicas, bem como capítulos de livros.

Publicado
2015-07-31