Espaço e Intermidialidade em Still Life de Jia Zhang-ke
Resumo
Este artigo é dedicado a uma análise do filme Still Life (San Xia Hao Ren, 2006) do diretor chinês Jia Zhang-ke, sob o ponto de vista de sua relação intermidiática com a pintura chinesa de paisagem. Como irei sugerir, a descoberta de uma paisagem efêmera empreendida pelo diretor em Still Life, filmado em locação na região das Três Gargantas do Rio Yangtze, deriva de um impulso realista e de uma resposta estética original a uma nova conjuntura histórico-social. Mas ao mesmo tempo em que o filme parece estar firmemente localizado no solo da China contemporânea, as escolhas estéticas do diretor revelam uma afinidade com a tradição da pintura chinesa de paisagem, montada em rolos verticais ou horizontais. Essa hipótese leva a uma reflexão acerca da noção de espaço no cinema sob a luz de revisões teóricas que sugerem um entendimento do espaço fílmico através da ideia de movimento e do toque. Ao mesmo tempo, esta análise enseja uma reflexão sobre a natureza estética e política do problema da intermidialidade, que traz uma dimensão histórica à perspectiva contemporânea tão central ao cinema de Jia Zhang-ke.
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