A revisitação da paisagem nas longas-metragens de Manuel Guimarães

Tiago Vieira da Silva

doi:10.14591/aniki.v4n1.265

Tiago Vieira da Silva Universidade do Minho, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Ciências da Comunicação, 4710-057, Braga

DOI: https://doi.org/10.14591/aniki.v4n1.265

Palavras-chave: Cinema Português, Paisagem, Neorrealismo, Resistência, Subversão

Resumo

A obra de Manuel Guimarães destaca-se no cinema português como uma nova e singular forma de representar a realidade nacional até então muito “forjada” segundo os princípios e valores prezados pelo Estado Novo. Neste contexto, a paisagem revela-se um elemento crucial na subversão das relações humanas com o território, e na própria representação do ambiente físico. O cinema de Manuel Guimarães distingue-se muito através do redimensionamento espacial que, ao conceder novos significados ao território, vai também apresentar galerias de personagens que se diferenciam das que preenchem o cinema do período. A revisitação da paisagem nas longas-metragens de Manuel Guimarães propõe-se analisar a maneira como o cineasta recodifica as paisagens no seu cinema, numa tentativa de contestar a utopia estabelecida pelo regime.

Biografia Autor

Tiago Vieira da Silva, Universidade do Minho, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Ciências da Comunicação, 4710-057, Braga

Tiago Vieira da Silva (n. 1992 em Braga, Portugal) licenciou-se em Cinema e Audiovisual na Escola Superior Artística do Porto, e frequentou o mestrado em Comunicação, Arte e Cultura na Universidade do Minho, com a dissertação A etnopaisagem no cinema português: consolidação e desconstrução de um conceito (2016). Reside atualmente em Braga, Portugal.